Brasil assina acordo espacial com a China.


O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Clelio Campolina Diniz, assinou um acordo com a Administração Espacial Nacional da China (CNSA, em inglês), nesta terça-feira (9), antes de embarcar de volta ao Brasil. "Assinamos [Brasil e CNSA] hoje um acordo de colaboração para os próximos dez anos", contou o ministro, por telefone. "A partir dele, vamos discutir as etapas técnicas e os cronogramas das futuras atividades. Há um desejo mútuo de continuar trabalhando junto".

Segundo Campolina, a carta de intenções abre a possibilidade de desenvolver um programa conjunto de foguetes lançadores – atividade dominada pela Corporação Chinesa de Ciência e Tecnologia Aeroespacial. "Na cooperação atual, o Brasil trabalha mais com satélite, enquanto a Casc se encarrega, na China, de toda a preparação do veículo lançador", explicou.

Na sede da CNSA, em Pequim, o ministro acompanhou o recebimento de imagens do satélite CBers-4, lançado domingo (7), da base de Taiyuan, de onde o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe/MCTI) já realiza testes de câmeras.

Encontro bilateral - No país asiático desde quinta-feira (4), Campolina também se encontrou com o ministro chinês da Ciência e Tecnologia, Wan Gang, na terça (8), quando os gestores discutiram pautas em comum. Wan Gang esteve no MCTI em agosto de 2012.

"Tivemos uma longa conversa sobre nossas agendas em comum. Estamos programando o 2º Diálogo de Alto Nível Brasil–China em Ciência, Tecnologia e Inovação, a ser realizado em Brasília, no primeiro semestre de 2015."

Ocorrida em 2011, em Pequim, a primeira edição do Diálogo de Alto Nível abordou parcerias em agricultura, energias renováveis, nanotecnologia, segurança alimentar e tecnologias da informação.

"Agora, estamos discutindo os temas mais relevantes da cooperação, como a área espacial, a presença de empresas chinesas no Brasil, a exemplo da Baidu e da Huawei, os convênios entre universidades dos dois países e o programa Ciência sem Fronteiras", disse.

Campolina recordou o entendimento firmado entre a presidenta Dilma Rousseff e o presidente chinês, Xi Jinping, em visita oficial ao Brasil, em julho, para ampliar a participação do país asiático no programa de mobilidade acadêmica. "Neste momento, nós temos 253 alunos aqui, com intenção de aumentar o número. As universidades chinesas estão muito bem preparadas. Você encontra gente falando e dando curso em inglês. Então, não há dificuldade de inserção dos estudantes. E eles têm muita fronteira de pesquisa", observou Campolina.

O ministro também participou de reunião na Academia Chinesa de Ciências (CAS, na sigla em inglês). "Fizemos uma longa discussão dos interesses comuns. Eles nos apresentaram suas atividades e nós abordamos iniciativas brasileiras, como o Programa Nacional de Plataformas do Conhecimento", afirmou.

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Huawei - Também nesta terça-feira, Campolina conheceu o centro de demonstração de soluções da Huawei em Pequim. O ministro lembrou que a companhia doou parte dos equipamentos dos Centros de Dados Compartilhados (CDCs) de Manaus e Recife, em parceria dos ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e da Educação (MEC), por meio da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP). "A empresa ainda tem um centro em Sorocaba, para o qual eles avisaram que devem aumentar os investimentos em pesquisa", informou.

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