Em março, os juros ao consumidor continuaram em disparada. Os juros do cheque especial atingiram o maior valor em quase 20 anos, informou o Jornal da Globo.
Os juros bateram recorde em março. A taxa do cheque especial acumulados em 12 meses chegou a 220% ao ano, a maior desde dezembro de 1995.
A taxa do cartão de crédito rotativo, cobrada dos clientes que não pagam o total da fatura
de uma vez, chegou a 345,8% ao ano, a mais alta de todas as modalidades de crédito.
A escalada dos juros é reflexo do aumento da taxa básica da economia, a Selic, uma política do Banco Central para o controle da inflação que está acima do máximo tolerado pelo governo.
O problema, segundo economistas, é que as altas taxas de juros prejudicam o mercado de crédito no país e também a retomada do crescimento econômico.
"Crédito em uma economia capitalista é fundamental. É fundamental porque o crédito permite antecipar contas para quem não tem e permite portando o aumento da produção e o aumento das vendas. Então um sistema de crédito com essas taxas de juros é um sistema que representa uma trava a qualquer possibilidade de recuperação da economia", aponta Margarida Gutierrez, professora do COPPEAD/UFRJ.
A inadimplência das operações de crédito, com atrasos superiores a 90 dias, ficou estável. Mas, segundo a economista Margarida Gutierrez, os bancos acreditam que o risco de calote aumenta em uma economia enfraquecida.
"Eles elevam as taxas de juros porque a persapectiva da inadimplencia aumenta, o risco da inadimplencia aumenta e a pessoa que está pegando dinheiro emprestado pode perder emprego", pontua a economista Margarida Gutierrez.
Fonte: Jornal da Globo.
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